Uma volta ao mundo de Bianca Obino

Tum Cult entrevisa Bianca Obino

Voltar à essência. O caminho pode não ser fácil, mas é recompensador. Aquela sensação reconfortante de estar no seu lugar seguro, que você conhece melhor do que ninguém.
Para @bianca.obino, voltar para si foi como estar em casa de novo. E assim nasceu Volta ao Mundo de Dentro. “Eu passei um longo período em bloqueio criativo. Neste período sem compor eu não tinha muita clareza, mas me sentia mal, afastada de mim mesma… da minha ‘essência criadora’. Daí, numa bela noite eu anotei meio em transe exatamente esta frase “Volta ao Mundo de Dentro”. Interpretei como um sinal do universo. E esta foi a faísca que me fez voltar a compor”, conta.

O novo EP chega mundo dos streamings no dia 17 de julho. Mas nesse mar de Bianca, já molhamos os pés com o single homônimo lançado no último mês. Segundo a artista, a canção “é a que mais sintetiza a mensagem que eu gostaria de passar… de reconexão”.
A música chegou com um belo videoclipe captado em março deste ano, pouco antes da quarentena. “Passamos 3 dias na Costa da Lagoa, em Florianópolis, acordando às 5 da manhã pra pegar a melhor luz e fazer tudo funcionar. Foi um trabalho que exigiu bastante”, conta. E a recepção tem sido a melhor possível: “As pessoas estão conectando com o clipe, com o ‘convite’ desse trabalho, para voltar ao mundo de dentro”.

Bianca busca evoluir constantemente, inspirada em artistas como Tom Jobim, @marisamonte, @lenine e @benjamimtaubkinpianoevida: “Meu objetivo é refinar cada vez mais a minha versão disso tudo que vejo neles”. Mas a principal referência para ela é a própria música! “Acho que a música me conduz a experiências, lugares e pessoas. E, por sentir isso, me sinto ‘exigida’ a melhorar, a me entender, a me aprimorar… pra poder fazer isso da melhor forma possível”, relata.

Nestes tempos difíceis, a artista recorre à resiliência. Entre as dificuldades, ela cita a adaptação do planejamento e uma certa estafa energética. “O momento é de recolhimento e reflexão, mas também precisamos saber nos movimentar profissionalmente, para manter o equilíbrio”, afirma.

E ela segue o movimento, “rumo a um mundo mais artístico e equilibrado”.