TUM Happy Sunset: a cultura é a resposta! Obrigado Florianópolis!
Quando a cantora Paula Lima subiu ao palco do TUM Happy Sunset para o esperado show de encerramento, a noite já despontava estrelada e perfeita para compor o cenário do seu hit “Mil Estrelas”: “A vontade de te ver, a saudade de você/É o que me trouxe aqui”. Paula falou e cantou por muitos que ali estavam. Um show emotivo, festivo, carregado de suingue e uma euforia que decantou o que foi o domingo na Praça Caiçara, no Parque São Jorge, que recebeu a primeira edição da feira criativa que levou dezenas de artistas, músicos, criadores e uma variedade de atrações gratuitas para promover uma ocupação cultural naquela região.
Se o propósito do TUM Happy Sunset era revitalizar a grande praça do Bairro, a certeza da missão cumprida veio na presença de milhares de pessoas, de todas as idades e na sua grande maioria residentes na região, que circularam pelo espaço desde o início da manhã até a chegada da noite. Ou nas palavras de uma entusiasmada moradora do bairro Itacorubi ao abordar a nossa produção: “Parabéns! Esse festival trouxe vida não só para essa praça, mas para o bairro Inteiro. Sempre sonhamos com isso, da importância de trazer a arte e a cultura para a população. Essa praça (Caiçara) era um sinônimo de ausência, de silêncio, de falta de vida e vocês deram vida a ela”. Palavras mais apropriadas seriam impossíveis para descrever o sucesso da primeira edição da feira e que foram correntes nas vozes dos visitantes que fizeram questão de deixar seus depoimentos. Abaixo descrevemos alguns!
Inicialmente programado para ocorrer no dia 7 de abril, a feira acabou adiada por conta do mau tempo. E a recompensa veio no domingo seguinte, dia 14, com o sol que imperou durante o dia inteiro. Desde o início da manhã, o gramado da praça foi tomado por praticantes de yoga que atenderam ao chamado para a sessão com o grupo Intuição Ativa Meditação. Na sequência, a feira de vinil já ecoava pelas picapes a boa música que embalaria o público durante as horas seguintes. Famílias, especialmente crianças e idosos circulavam pelo espaço, ora conhecendo a feira, divertindo-se com a contação de histórias, o teatro Lambe-Lambe, os estandes de artistas da região, a gastronomia, os carros e bicicletas elétricas, ora abrigando-se às sombras para descansar e contemplar o bom agito.
Do outro lado da rua, a movimentação era intensa no Mercado São Jorge, que abriu especialmente no domingo como parte da programação da feira. Dali, o público tomou o rumo da praça. No palco principal um desfile de grandes artistas que ao longo do dia foram arregimentando mais público. A plateia se avolumava, mas sem apertos. Era possível sentar ao gramado, levar cadeiras e curtir os shows da banda Compasso Aberto, do instrumentista italiano Diego Salvetti, a contagiante performance dos alunos da Garagem da Dança e da Cia Trupe Toe de sapateado, e, claro, o aguardado show de encerramento.
A feira é considerada a primeira “cria” do TUM Sound Festival, o maior encontro de música e negócios de Santa Catarina com o foco no fomento ao ecossistema musical e nas redes criativas e que acontece anualmente em Florianópolis. Os dois projetos são idealizados pela É Show Produtora. A proposta é promover a ocupação e a revitalização de espaços públicos por meio da arte e da economia criativa, com foco na sustentabilidade e da cultura. “O TUM Happy Sunset vem com o propósito de revitalizar o espaço público e trazer a população e a comunidade local para viver um dia feliz! Queremos trazer alegria, saúde, bem estar e cultura. Para que a gente possa integrar as pessoas em um espaço democrático, ao ar livre, onde especialmente as crianças e jovens possam ouvir boa música, ter contato com as diversas linguagens da arte. Porque a formação de plateia também é um dos nossos propósitos. É mostra a boa música, a nossa produção artística e reafirmar como o convívio em família é importante para a nossa sociedade. Florianópolis é uma cidade linda, reconhecida como cidade criativa pela Unesco, então porque não ocuparmos mais os espaços públicos? Então para isso o TUM está aqui!”, disse a produtora, musicista e idealizadora da feira, Ivanna Tolotti.
E a chuva? Sim teve chuva, mas caprichosamente e caridosamente ela só caiu ao final do show de Paula Lima. Um banho na alma, um sentimento de orgulho e a disposição para preparar novas edições. Aguardem!
O que o público disse!
“Florianópolis precisa de eventos como esse. É uma cidade que promove e se desenvolve economicamente pelo turismo e não podemos desassociá-lo da economia criativa e da cultura. Projetos como esse humaniza a cidade, ocupa as praças, reúne famílias, e promove a cultura e a geração de renda. Enquanto prefeitura, nós temos que incentivar sim projetos deste tipo, que contribuem para um desenvolvimento sustentável em benefício daqueles que vivem aqui e aqueles que vêm nos visitar”
Roseli Pereira – Presidente da Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes
“O evento é ótimo para a integração, para a troca e para reunir pessoas de várias idades, os pequenos produtores, desfrutando da praça aberta para todos. Foi sensacional.”
Ananda e Santos – Comerciante do Mercado São Jorge e moradora do Itacorubi.
“A Celesc vai muito além de apenas gerar e distribuir energia elétrica. A integração dessa empresa junto à sociedade é fundamental e eventos como esse corroboram o nosso pensamento. A Celesc tem sim uma preocupação sócio ambiental e a gente vai fortalecer essa relação com a sociedade”
Cleicio Poleto Martins – Presidente da Celesc
“Achei a proposta do evento maravilhosa. Com o adiamento na semana anterior por causa da chuva nós até ficamos preocupados se o evento iria acontecer porque é muito importante para a nossa região eventos desse tipo, que tragam a comunidade para se encontrar. Hoje as pessoas ficam muito isoladas e isso cria esse ambiente favorável para que todos de alguma forma possa se confraternizar”
Whasington Reitz – funcionário público aposentado e morador do Itacorubi
“Estou muito feliz de estar aqui, num dia maravilhoso que reuniu a comunidade toda, ver as crianças correndo pelo parque, as pessoas conversando. Isso é muito bom, eu nunca tinha visto algo desse tipo em Florianópolis”
Suzana de Mello Reitz – engenheira aposentada e moradora do Itacorubi
“Eu moro há 42 anos na Ilha e durante um tempo era assim: dia quente, praia, dia frio, shopping. Essas eram as opções que a gente tinha apesar de morarmos numa ilha tão bela e tenho percebido nos últimos tempos o interesse da cidade nesse tipo de eventos, nas praças, nos espaços públicos e principalmente o interesse das pessoas em participar. Você vai em um eventos ao ar livre encontra crianças, famílias, um astral muito legal, misturando a música, a gastronomia, a cultura. Acho isso muito importante, uma opção de lazer de graça, para curtir. Eu a minha família já estávamos contando nos dedos os dias para o TUM”
Marcelo Moreira Cabral – jornalista e morador do Córrego Grande
“Eu estou achando surpreendente essa feira, porque são espaços onde a gente nem imaginava que poderiam receber eventos desse tamanho, com tanta gente envolvida e tanta coisa legal. Como artista isso para mim é ótimo por saber que eu tenho mais um espaço para divulgar a arte. No caso aqui eu estou lançando a minha nova publicação, que eu já lancei na Europa, e encontrando muita gente legal e da área das artes. A gente só tem a agradecer e torcer para que isso continue”
Ricardo Manhães – chargista, cartunista e morador do Itacorubi.
“Todo espaço público ocupado com cultura, diversão e diversidade é muito importante. O TUM cumpre essa missão de trazer as pessoas para ocupar esses espaços com muita arte. No nosso caso promovemos a cultura do (disco) vinil e esperamos que muito mais edições aconteçam para ampliarmos ainda mais essas experiências, sejam musicais, artísticas, gastronômicas e da economia colaborativa”
Jair Fontao Neto – consultor musical, professor e um dos organizadores da Feira de Vinil de Florianópolis
“Acho ótimo um evento dessa natureza porque ele interage com as comunidades da região. A gente precisa de mais espaços como esse, com música, gastronomia e cultura. Para o bairro isso é essencial e se tivéssemos mais seria perfeito, principalmente para quem mora no entorno. E você ainda desperta o lado cultural da cidade, não ficando apenas dependente das praias para se divertir. Está maravilhoso!”
Elisandra Costa – consultora de locações e moradora do Itacorubi
“Acho bacana essa integração com a comunidade, como já acontece com a Lagoa da Conceição, que tem muitos eventos culturais. O Itacorubi está precisando disso e esse evento tem que acontecer mais vezes e integra cada vez mais o público daqui”
Tina Cruz – consultora de RH e moradora do Itacorubi
“Que tarde agradável nesse evento sensacional! Quando eu soube do evento nem me passou pela cabeça que ali havia uma praça. Grande achado, pois o local ficou surpreendente, bem aproveitado e transformado. Que ideia genial um evento desse porte, ao ar livre, gratuito e com tantas atrações. Floripa merece eventos assim e combina muito com o astral da cidade. Parabenizo os organizadores, apoiadores e público que lotou o evento. Que venham mais edições do TUM Happy Sunset e em várias estações do ano”
Silvio Y Sato – professor e morador da Trindade.