Tum Drops com Luciano Bilu

Postado em 14/10/2018, 0:00

O Festival de Música de Santa Catarina apresenta Luciano Bilu no TUM Drops

O Tum Sound Festival, festival de música de Santa Catarina, da sequência a sua série de entrevistas.

Luciano Bilu

Guitarrista e compositor catarinense. Em junho de 2016, Luciano Bilu ficou em quinto lugar na categoria Rock, concorrendo entre milhares de inscritos de 49 países, no concurso Six Strings, que tinha como júri grandes nomes da guitarra como Joe Satriani, Steve Lukather, Andy Summers, Joe Bonamassa, John Scofield, Lee Ritenour e muitos outros.

1) Ao longo da sua trajetória você acompanhou muitos artistas e bandas paralelo ao seu trabalho solo. Qual dica você daria para quem deseja atuar profissionalmente acompanhando artistas?

Estudar música em seu instrumento e não ter preconceito com estilos musicais. Cada trabalho novo que aparece é uma nova oportunidade para aprender.

2) Como você analisa o mercado atual da música instrumental brasileira? Sente que ele vem crescendo ou encolhendo?

O mercado da música instrumental, seja ela brasileira ou não, sempre foi um mercado restrito, que correu por fora do que é dito popular, e apesar da música popular hoje se encontrar numa triste realidade, triste mesmo, acho q a musica instrumental encontra seu espaço e continua crescendo, por outros veículos, outros meios, cito Jacob Collier, como exemplo. No Brasil, Pedro Martins e Michael Pipoquinha. A longo prazo é que a situação atual no Brasil me preocupa, as crianças estão sendo “ensinadas” a valorizar músicas e comportamentos não “saudáveis” quando poderiam estar sendo ensinadas a tocar um instrumento.Em termos Globais a internet com sua velocidade e abundância de informações gera nas pessoas uma superficialidade na área do conhecimento, especialmente nas crianças, elas não querem ficar muito tempo fazendo a mesma coisa, repetindo a mesma coisa, e não se aprende música, não se aprende a tocar um instrumento sem passar por esse processo, a longo prazo isso é perigoso para o futuro da música.

3) Qual é a importância do músico se autogerir atualmente? Quais os pontos positivos e negativos na sua opinião?

Muitas janelas e oportunidades de se trabalhar com música se abriram com a Internet e isso possibilita o músico deixar sua estrutura de negócio mais profissional, com muito trabalho, é claro, e isso é positivo. O único perigo é que o músico não pode deixar de lado o principal, aquilo que o levou a ser músico, a paixão pela música e o compromisso com ela, porque o palco é um lugar sagrado e quando você sobe lá tem que dizer algo, tem que passar alguma mensagem, tem que se expressar bem, e você não vai fazer isso bem feito se passar mais tempo preenchendo planilhas ou editando vídeos do que você passa com seu instrumento.

4) Quais conselhos você daria para quem deseja trabalhar profissionalmente com música?

Leve a música a sério, muito a sério, que você vai ganhar muito dinheiro, e muito mais que isso, você vai viver muito bem.

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