TUM Drops com Felipe Andreoli

Postado em 10/04/2018, 0:00

O Festival de Musica de Santa Catarina apresenta o TUM Drops, uma sequência de entrevistas com grandes profissionais do meio musical

Felipe Andreoli é baixista profissional e integra as bandas Angra, 4Action e Kiko Loureiro, entre outras, além de desenvolver o trabalho de produtor musical. Com uma extensa bagagem musical e grande versatilidade, gravou inúmeros discos e fez diversas turnês mundiais, que passaram por mais de 30 países. Músico de destaque no cenário nacional e internacional, Felipe é premiado todos os anos, há pelo menos 14 anos, como melhor baixista do Brasil, em praticamente todas as publicações e websites especializados. Também figura entre os melhores baixistas do mundo de acordo com a revista japonesa Burrn!. Uma sétima colocação em 2007 deixou para trás ícones como Billy Sheehan, John Myung e Geddy Lee. E é o convidado de hoje no TUM Drops.

1) Você lançou recentemente um curso online chamado Manual do Músico Profissional. Qual é a importância do músico se autogerir atualmente?

Acho fundamental! Não podemos mais, na época em que estamos vivendo, nos dar ao luxo de não saber como funciona o nosso mercado, ou não saber como agir para alcançar nossos objetivos. Assim como o resto do mundo, o mercado musical é dinâmico, e quem não acompanha essas mudanças fica para trás. Cada vez mais o músico precisa saber se autogerir como uma empresa, sem que precise mudar sua arte para isso. Esse é o grande desafio.

2) Paralelo aos projetos que você atua como integrante fixo, é notável também a sua participação acompanhando outros artistas. Quais conselhos daria para um músico que deseja seguir este caminho profissional que consiste em acompanhar artistas?

Um dos maiores diferenciais que um músico pode ter é a versatilidade. Para isso é preciso abrir a cabeça para ouvir e aprender diferentes estilos, e colocar o nariz para fora do quarto e tocar com pessoas. Também é fundamental criar relacionamentos com as pessoas do seu mercado, para que você possa sempre ser lembrado e ter uma boa imagem, de um músico profissional e fácil de trabalhar.

3) Na sua opinião, quais são os maiores desafios para empreender uma banda de rock ou heavy metal no Brasil?

O primeiro e talvez maior desafio é encontrar pessoas que tenham o mesmo objetivo e empenho, e que estejam sintonizadas em relação aos caminhos que a banda quer seguir. Que estejam a par de como funciona o mercado e quais são os diferentes caminhos que se pode tomar hoje em dia para levar sua música aos ouvintes. É preciso muito esforço, investimento e persistência.

4) Quais conselhos você daria para quem deseja trabalhar profissionalmente com música?

É preciso se informar e se integrar com o seu meio. Saber como funcionam as engrenagens dessa indústria e entender seu papel nisso tudo. Ao contrário do que se quer imaginar, em muitos aspectos ser músico não é muito diferente de qualquer outra profissão. Profissionalismo, proatividade, disciplina, ter diferentes talentos, tudo isso aumenta suas chances de conseguir novas e melhores oportunidades.

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