Congadar

Minas Gerais

A força das culturas negras em uma só música.

Das histórias de liberdade cantadas nas minas de ouro pelo escravo Chico Rei nasceram as festas do Reizado em Vila Rica, hoje Ouro Preto (MG). No lado de cima do continente, os lamentos dos negros nos campos de algodão às margens do Mississipi fez surgir o blues. Dois mundos que parecem distantes têm na identidade a mesma maternidade, a mãe África. Dessa mistura nasce o Congadar. A proposta da banda é buscar uma nova linguagem com forte ligação nas raízes culturais de Minas Gerais.

De um lado, o toque cruzado das caixas, os lamentos e marchas do congado entoados em três vozes. Do outro, a força da guitarra, baixo e bateria. A banda nasceu da soma de dois grupos, o Ganga Bruta+Congadar. Com o tempo, a busca por uma identidade única reuniu as forças das culturas em torno de apenas um nome, o Congadar.

Do Congado vieram as vozes principais, com Carlos Saúva, Filipe Eltão e Wesley Pelé. O trio traz a sonoridade de raiz africana com as tradicionais caixas de congo. Por outro lado, vieram do rock e do blues os guitarristas Igor Félix e Giuliano Fernandes, o baixista Marcão Avellar e o baterista Sérgio DT.

SONORIDADE

A resistência negra é uma marca no trabalho da banda. O repertório valoriza o congado mineiro, manifestação cultural que permanece viva em diversas comunidades espalhadas por MG. As músicas nasceram a partir da releitura de marchas do Congado mineiro, além de composições próprias, também inspiradas na cultura popular do estado.

Criada em 2013, a banda lançou em 2015 o primeiro EP. Desde então, passou por diversos festivais. Foram três edições da Virada Cultural de Sete Lagoas/MG (2013 a 2015), o Festival de Inverno da Universidade de São João Del Rei/MG (UFSJ) em 2014 e 2015, o tradicional Festival de Folclore de Jequitibá/MG por cinco anos consecutivos (de 2014 a 2018), o Festival do Instituto de Artes da
UNICAMP (SP), o Festival Saci Pererê em Atibaia (SP) e o evento Quarta Dimensão, realizado no Teatro Dulcina em Brasília (DF). Em 2015 dividiu o palco com Maurício Tizumba em show na Autêntica e em 2018 foi escolhida para abrir o show do Cordel do Fogo Encantado no Music Hall em Belo Horizonte, além de dividir o palco com Chico César e Titane no Circuito Cultural da Pampulha. Em 2019 encerrou o Festival MARTE, evento que ocupou o centro histórico de Ouro Preto (MG) e voltou a se apresentar no Encontro Cultural de Milho Verde/MG (2017 e 1919). No final de 2019 se apresentou m duas oportunidades em São Paulo, dentro da programação oficial da feira SIM SP, na Noite Palco Ultra no Jazz B e no Palco Amplifica, realizado pelo Sebrae MG.