Música é… diversão

Postado em 21/09/2018, 0:00

Modelos caducos e dinâmica mucholoca. É como se encontra o cenário da música atualmente, mas  – ainda assim – é possível criar e se adaptar

Alexandre Rossi, mais conhecido como Rolinha, ninguém menos que o programador do Circo Voador, no Rio de Janeiro, está confirmado para a Rodada de Negócios do TUM Sound Festival. Ou seja, você é músico, tem uma banda e deseja ser reconhecido no show business? Participe da Rodada de Negócios que será realizada no TUM Sound Festival, o maior evento de negócios e música de Santa Catarina. Compre o passaporte do evento, envie seu material, para [email protected], manifeste o interesse em conversar com o programador e fique na torcida para que ele te escolha e ajude a alavancar sua carreira no mercado musical. Como diz o próprio Rolinha, para fortalecer o mercado produtivo da música é preciso ser realista e pró-ativo.   

O programador afirma que trabalha nesta área porque gosta e sente que pode ser útil para o meio, algo que vai muito além do que enxergar a música como produto. “Estou neste trampo pra servir de interface entre as bandas e o público e é em eventos como o TUM que fico sabendo o que acontece de relevante na música e que merece ser amplificado”, afirma. Para ele, nada é mais gratificante que ajudar a viabilizar o encontro entre artistas e público, pois antes de qualquer coisa ele também é “fã e parte do público”.

Ainda de acordo com Rolinha, o mercado da música está em fase de adaptação, esforçando-se para recriar modelos “caducos”, além de estar com uma dinâmica “mucholoca”, nas palavras dele, que precisa ser entendida e estruturada. Esta também é a realidade de muitas casas noturnas, que além de ter que se adaptar às inovações atuais, também precisam driblar a crise econômica do País. “Os donos e programadores estão mais perdidos que consoante em letra de axé”, brinca. “Não que eu não me sinta perdido também, às vezes, mas não é por causa da crise e sim da mudança que houve no meio de se consumir música nos últimos 20 anos”, conta. Para ele, por mais que a queda da indústria fonográfica e que a música tenha migrado do rádio e da TV para a internet, fato que mudou tudo, essa ruptura ainda é positiva. “É só saber ouvir, interpretar a demanda e se adequar a ela”, conta.

Rolinha afirma que é preciso abandonar velhos vícios para se produzir música no Brasil. E o mercado mostra isso, justamente com a mudança nos padrões de consumo da música que proporcionou um aumento no volume de receitas, principalmente no caso da música ao vivo. “Hoje um disco – ou mesmo uma música – que foi lançado há duas semanas na web sem nenhum esquema de marketing, pode alavancar uma venda de dois mil ingressos, o que era impensável quando eu comecei no final dos anos 80”, afirma.  

Frente a esse cenário, a grande dica final de Rolinha é que para circular com seu trabalho musical, no Brasil, é preciso “jogar junto”, ou seja,  facilitar a ida aos lugares, compartilhar bateria quando precisar, dar espaço para que outros artistas possam abrir shows de artistas já consagrados, ajudar na promoção fazendo o engajamento nas redes, enfim, otimizar esforços.     

“Rolinha, Música é…”

Diversão!

Entrem e divirtam-se no TUM.