Live TUM Cult: videoclipe sem complicação
O diretor Antônio Rossa fala de uma ferramenta de divulgação muito importante para os artistas: o videoclipe
“O papel do artista também é dialogar, debater e colocar o dedo na ferida quando é necessário”. Palavras que representam muito sobre o posicionamento e trajetória de um dos mais renomados diretores de videoclipes de Santa Catarina: Antonio Rossa. O diretor, filmmaker e músico nos deu uma aula de produção audiovisual, mas também de arte e cultura na live de ontem (14) aqui na @tumcult.
Com trabalhos incríveis no currículo, Rossa produziu desde o videoclipe da banda Hangar, o qual foi capa de revistas no mundo inteiro, até o clipe da banda Holiness, a primeira produção catarinense a entrar para o Top 10 MTV. Fatos que só comprovam uma das qualidades do diretor: ir além da zona de conforto.
Um dos últimos trabalhos de Rossa é “Coisas de Deus”, do @dazaranha. Para ele, é dos clipes mais intensos que já participou, mas é também uma celebração. Com 30 anos de banda e poucos videoclipes lançados, a produção se tornou um marco para a música catarinense e para o diretor. “Em termos de roteiro, em termos de figurino, em termos de locação, o clipe do Dazaranha foi um trabalho ousado”, comenta o diretor que contou com uma equipe de mais um de 100 profissionais e muitas histórias.
Antonio deu dicas valiosas para quem está no começo e quer gravar um videoclipe: “Primeira coisa, comece a fazer, não espere a hora certa, o momento certo ou as condições ideais, faça! Nem que seja feio, a tendência é que você erre mesmo, eu com 15 anos de experiência ainda erro”. É que para ele, dirigir é sinônimo de arriscar. “Você conhece um capitão no mar bravo e é nas dificuldades que você conhece quem é um diretor e quem não é”, declara
Sobre o cenário atual, “a tendência dos videoclipes agora é a simplicidade, criatividade, ser mais minimalista”. Para ele, é também o momento da redescoberta do corpo, dos movimentos e da dança. “Eu vejo que a arte hoje talvez seja o renascimento da gente se tocar mais, se conhecer mais. Uma arte mais simples e mais tocante”, declara.
E a gente concorda com o Rossa: que possamos nos conhecer mais através da arte, da música, da dança… e dos videoclipes.