Live Tum Cult: transformação digital
O produtor Binho Manenti conta um pouco dos caminhos do áudio até os dias de hoje
Do fonógrafo ao gramofone. Do vinil à fita cassete. Do cd ao mp3. Do download à nuvem. Nas últimas décadas a indústria musical evoluiu muito! E o avanço das tecnologias nos levou aos streamings. Mas o que isso impactou no nossa forma de consumir música? Esse tema super atual foi debatido na nossa última live.
Um dos principais pontos levantados pelo produtor musical @binhomanenti foi a mudança de comportamento dos ouvintes. Se antes as pessoas sentavam na sala de suas casas para ouvir um disco, hoje se escuta música fazendo qualquer atividade. Fato é que mudaram os contextos e as necessidades também! Para o produtor, a música tinha uma outra função, mais ritualística e física, visto que se dependia de grandes aparatos, como o toca-discos. Já hoje, só precisamos de um dispositivo móvel. “A gente vai chegando numa facilidade, na busca da praticidade ao ponto de carregar a música com a gente hoje, esse que é o lado legal. A gente carrega a música dentro do celular e o melhor, ela tá numa nuvem, no streaming”, disse.
Quem concorda é o artista de Santa Maria/RS, @kariel_oficial. “Antigamente ouvir música era uma atividade singular, as pessoas paravam para fazer só isso, atualmente a música acaba sendo um acessório, um suporte nas atividades diárias das pessoas”, comenta. Segundo Manenti, isso se deu porque “a indústria também tinha um grande interesse nisso, pois quanto maior o acesso, maior o consumo”.
Tais mudanças na forma de armazenar e de ouvir música afetaram também a produção, que hoje conta com mais praticidade e equipamentos menores, mais leves e potentes. ”O que isso te dá? Te dá uma outra sonoridade. A gente começa a se acostumar com novas formas de perceber a música, porque é diferente do analógico”, declarou. Para ele, inclusive, ”estamos vivendo a melhor época de todas no planeta”. O motivo? ”Ainda temos as duas opções e diversas possibilidades analógicas e digitais para experimentar.
A gente não sabe do futuro. Afinal, todo dia é uma novidade! Mas o produtor não acredita na substituição do fator humano na hora de compor. E questiona: Por que não existe um computador que faça uma música? Porque o computador não traz uma história”.