Live Tum Cult: o impacto da imagem na carreira artística
A consultora de imagem Morango Gomes explicou os conceitos estéticos que sinalizam a identidade dos artistas e bandas
Na terça-feira nós falamos de identidade artística e ontem o papo foi sobre uma das vertentes que ela abraça: a imagem. Se existia alguma dúvida do quanto a moda é importante, foi sanada pela Morango Gomes, na live da @tumcult desta quinta (23) sobre o impacto da imagem na carreira artística. Consultora de imagem, personal stylist e figurinista, Morango explicou por que é essencial que os artistas e bandas afirmem a sua identidade visual. E a gente te conta!
Consultor de imagem: aquela espécie de fada madrinha do artista
O primeiro passo é entender o papel do consultor de imagem: contar para o cliente como está a imagem dele naquele momento, como por exemplo, informal, formal, descolada e assim por diante. A partir de uma série de perguntas sobre características e inquietações, “o trabalho é todo traçado pra trazer essas linguagens que a pessoa precisa, seja qual motivo, pode ser pessoal, pode ser psicológico e pode ser profissional”, afirmou.
Mas para tudo isso acontecer, a pessoa tem que sentir essa necessidade de mudança, que a consultora chama de “zona de desconforto”. Segundo Morango, “a grande questão das pessoas não conseguirem chegar numa mensagem que esteja alinhada com a estética da obra, é elas não conhecerem a linguagem dos elementos”. Para isso, existem conceitos de estética na música para você se inspirar e começar a entender as próprias características.
Os três principais grupos estéticos na música
Já percebeu que tem artistas mais coloridos, com aquela pegada globalizada, por dentro das tendências e super comunicativo? São os criativos. Artistas como Supla, Rita Lee, Manu Gavassi, Rohmanelli tem essa criatividade e poder de conexão.
Por outro lado, existem os dramáticos. E não é só no nome não! Esses possuem uma teatralidade na postura, um exagero nas formas de ser e se vestir, que por vezes causam até um certo estranhamento. Mas tudo isso está diretamente ligado à densidade da sua obra, das suas performances, letras e estilo. Exemplo disso era Michael Jackson e Amy Winehouse, assim como Lady Gaga, Johnny Hooker e outros são referências hoje em dia.
E aquele pessoal mais clean? São os minimalistas. Esses se vestem de alinhamento, elegância e coerência, assim como Arnaldo Antunes, Fernanda Takai e as bandas Arctic Monkeys e Stella Folks. Gomes explica que esse grupo é um equilíbrio entre os três, um conforto para os que não se encaixam nos mais chamativos e ainda estão em busca do seu lugar estético.
Para a consultora, “é muito importante que o artista entenda a sua própria personalidade, que faça um trabalho de autoconhecimento, pra que ele exploda na identidade visual, porque a sua música vai ganhar uma força imensa”. Segundo ela, é essencial que os elementos contem a mesma história, pois o mercado quer um produto completo: “A identidade visual se não comunicar aquilo que é a obra dele, tá faltando um pedaço”. E aí músicos, que mensagem vocês querem passar?