A hora está chegando: prepare-se para as rodadas de negócios do TUM Sound Festival

Sucesso! A uma semana do TUM Sound Festival 2019, as inscrições para as rodadas de negócios encerraram com um recorde de participantes, somando 76 empreendedores musicais que ficarão frente a frente com os 27 representantes das principais casas de show, produtoras, feiras e festivais de música do país. O mais importante encontro de música, negócios e empreendedorismo de Santa Catarina acontecerá de 3 a 6 de outubro, em Floripa.

As rodadas colocarão frente a frente “vendedores” (artistas) e os “compradores”, como são chamados os representantes, para discutir oportunidades, projetos e fechar negócios como turnês, agendas para shows e convites para festivais. Elas ocorrerão nos dias 4 (sexta) e 5 (sábado), das 10h30 às 13h30min, no Hotel Maria do Mar, em um formato dinâmico e que exigirá dos  participantes um bom preparo, capacidade de síntese e disposição.

Uma vez nas rodadas, os participantes enfrentarão uma verdadeira maratona, onde todos estarão reunidos no mesmo ambiente e serão atendidos individualmente por um tempo limitado de 10 minutos. É aí que entram algumas dicas importantes, como a gestão do tempo para apresentar o projeto, a proposta de valor, o produto (show, álbum, ferramenta…), mercado, diferencial e estágio atual do trabalho.

Ivanna Tolotti, idealizadora e produtora do TUM e convidada assídua para rodadas de negócios em feiras e festivais de música do país, tem percorrido parte do Estado promovendo workshops de divulgação e preparação para esses encontros. Florianópolis, Joinville e Itajaí já receberam as oficinas e em todas as ocasiões com lotação de público.

A cada encontro, a produtora pontua uma série de dicas que os participantes devem se ater para o ante e durante as rodadas:

– Conhecer o currículo do comprador. Pesquise sobre com quem você vai falar, sua biografia, área de atuação, identificando aptidões e potencial rede de contatos.

– Press kit contendo release, CD ou MP3 e portfólio. Seja o mais criativo e prático possível.

– Dados sobre presença digital e, principalmente, alcance de base de fãs e de relacionamentos em redes sociais.

– Use o tempo com sabedoria. Ao se apresentar logo no início, tenha em mãos um arquivo digital para demonstrar para o comprador (leve notebook ou celular com bateria). Pode ser uma música de trabalho, PREFERENCIALMENTE em vídeo de uma performance ao vivo e com captação de qualidade. Seja um videoclipe ou um arquivo em MP3 (bem gravados!) também vale, mas lembre-se que a pessoa do outro lado da mesa está interessada em show e na performance do artista ou da banda ao vivo no palco!

Atalho para acontecer!

As rodadas representam um atalho e tanto para se concretizar negócios e fazer a sua carreira musical decolar. Imagine que no intervalo de três horas você estará tratando pessoalmente com próceres de festivais de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Pernambuco, Maranhão, Distrito Federal, Portugal e Uruguai, além de representantes de plataformas, agências e produtoras. Em outra situação, contatar a todos à distância (por telefone, e-mail, redes sociais e correspondência física) te custaria pelo menos um ano, sem contar com o contato pessoal que potencializa em muito as suas chances de concretizar negócios.

O produtor Paulo André, criador do festival Abril Pró-Rock, que desde 1993 acontece em Recife (PE) e é considerado pioneiro na consolidação para um circuito que reúne hoje mais de 2000 mil eventos do gênero no país, estará pela primeira vez em Santa Catarina. Vem a convite do TUM para participar das conferências e das rodadas de negócios.

Para ele, essas conferências oportunizam conexões ao reunir as pessoas certas, no lugar certo na hora certa. Sendo mentor de um dos festivais mais concorridos da América Latina e também corresponsável pelo surgimento do mítico movimento Manguebeat, Paulo já viu de tudo, mas não esconde expectativa de descobrir o que Santa Catarina pode oferecer. “O TUM tem esse papel de agregar e juntar a galera certa, no lugar certo e na hora certa. Uma coisa é você receber o material de uma banda por e-mail, pelos Correios, outra coisa é você estar nessa cidade maravilhosa, vivenciando a cidade e podendo acompanhar um showcase ali ao vivo. Isso tem outro sentimento”, explica o produtor.

“Ganhar o mundo”

O músico Danilo Brito, da banda NOAHS, de Florianópolis, abriu duas frentes de networking no TUM: se apresentará com o seu grupo nos showcases e se inscreveu para as rodadas de negócios. Ele revela que a banda ansiava desde a edição passada pela oportunidade de se apresentar no festival. “A banda está bem ligada da importância de se preparar um bom material. A rodada de negócios é uma forma de você mostrar que a música, principalmente nos dias de hoje, não é só você estar ali criando, no laboratório. É você empacotar o produto e tudo mais e botar na mesa para poder ganhar o mundo”, disse Danilo.

“Chegar aos ouvidos que precisam ouvir e olhos que precisam ver”

Para o rapper florianopolitano MC Cacau, participar do TUM é abrir uma porta para a inclusão. No seu caso isso tem um peso emblemático e real, sendo ele “o primeiro rapper deficiente visual de Santa Catarina”. E estamos falando de uma vivência de 18 anos nas artes, desde o seu envolvimento com o samba, passando pela dança de rua até chegar ao rap. É uma história de resistência e contraponto frente aos tabus, barreiras físicas, sociais e o preconceito. Além de deficiente visual, Cacau é negro. “A esperança é alcançar meu espaço musical e também um caminho para as pessoas com deficiência e que também estão na música. São instrumentistas, compositores e que não têm muito espaço na sociedade na área cultural. Eu sou rapper, mas também trabalho com dança de rua e poucos conhecem o meu trabalho lá fora e com o TUM eu espero que isso chegue aos ouvidos que precisam escutar e os olhos que precisam ver”, poetiza o MC.

Veja quem são os convidados das Rodadas de Negócios: Fernando Sousa (Fundação Casa da Música, Portugal), Eli Moura (Iduna Produções, DF), Carlos Badia (POA JAZZ, RS), Marcelo Fruet (FRUET MUSIC, RS), Raphael Evangelista (D2L Productions, SP), Daniel Morelo (FORMEMUS, ES), Deh Mussulini (Festival Sonora e Coletivo ANA, MG), Carla Ennes (Festival Rio das Ostras, RJ), Simone Marçal (FORMEMUS, ES), Barral Lima (UN Music, MG), Guilherme Tavares (Favela Sounds, DF), Luciano Balen (Festival Música de Rua, RS), Paulo André (Festival Abril Pro Rock, PE), Wilton Paz (Produtor Cultural, PR), Caio Chaim (Festival Sai da Garagem, DF), Vanderlei Lazarotti (Festival de Música de Itajaí, SC),   Katia Abreu (SIM São Paulo e Dia da Música, SP),Laura Lopes (Festival Música Mundo,MG), Gabriel Turielle (Festival Contrapedal, URU), Rodrigo de Araújo (Secretaria de Cultura, SP), Mariá Marques (Acid Rock Festival, RS), Douglas Moiano (Ola Fuerte Festival,RS), Emílio Monteiro (Festival Revirada, SC), Manoel Canepa (Antenna Produtora, RS), Lafaiete Júnior (Palco MP3, MG), Luciana Simões (Festival BR135, MA), Danieli Correa (UBC, RS).